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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

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TUDO PARTE DE UM INÍCIO INEVITÁVEL

 

Você pode até neste momento ficar se perguntando, que início é este, se mesmo durante a vida, entramos em vários ciclos que ao findar um momento, uma história, entramos em um novo ciclo, um recomeço ou quem sabe, quase sempre, a retomada de algo, partindo do pressuposto de um novo começo? O certo é que na vida, iremos nos deparar com vários degraus que exigem de nós decisões de um start1 amoroso, familiar, religioso, profissional e até mesmo pessoal. A certeza é que iremos, nesta vida, nos deparando com a necessidade de novos começos e muitos recomeços.

Certo dia, em algum lugar deste país, numa cidade, após vários tempos, meses, contabilizados até mesmo em semana, foi alterada uma taxa na estatística de um relatório mundial, somando desta forma o índice habitacional de um país. Foi inevitável, algo resultante de uma troca relacional.

Há quem afirme que para recomeçar é só dá o primeiro passo, e pronto. Bem simples assim. Quem nunca ouviu esta frase. Não é verdade? E já vivemos e registramos em nossa vida, fatores marcantes e variados que não foi bem assim. Não é verdade? O primeiro passo é importante, sim, mas acredito este sentimento, o ponta pé inicial parte do desejo intrínseco decorrente de uma reflexão que resulta num entendimento de resinificados, ou seja, ter encontrado um sentido de levantar-se e seguir em frente, mesmo que seja do famoso marco zero. Fácil? Não. Mas é um vencer do seu próprio Eu, como afirma o autor Augusto Cury (2016 – p.85) “... meu Eu pode e deve ser autor da própria história. Meus piores inimigos estão dentro de mim, eu os crio e só eu posso superá-los.“ Com isto podemos ver que, o recomeço parte da decisão e o domínio do seu EU, do meu Eu. É inteiramente nosso.

Sim, mas que início inevitável é este que foi citado no primeiro parágrafo? Mais uma vez você pode está me perguntando. Pois bem, este início ele pode ser decorrente de um desejo entre duas pessoas, seja planejado ou não. Mesmo que alguém já tenha afirmado porque foi inevitável. Possa ser que não foi bem assim, acredito do pressuposto que, se praticou, assumiu o risco. Já encontrou ou imaginou a resposta? Isso mesmo, se você falou ou pensou na sua criação, geração. Realmente, você é fruto de uma vinda ao mundo após longos nove meses de gestação de uma bela mulher. Pensando no quesito da sua decisão ou opção, foi inevitável a sua escolha, consulta ou desejo de não vir ou não. Impossível completar a sua ligação. Você chegou.

O primeiro choro, a primeira vacina, o aniversário de um ano, nem lembra não é? Mas os registros nas belas fotos, naquele álbum de família cheio de fotos engraçadas ou aquela filmagem, sua memória por mais livre e fotográfica que ela fosse, não lembraria, se não fosse os artefatos e recursos tecnológicos, só ouviríamos o que foi através da voz de alguém. Mais uma vez, não sei se triste ou feliz lhe falar, sem a sua opção de dia, hora, tema e cardápio (risos).

É, mas foi realizado. Daí veio à fase da famosa infância, e com ela veio também bons ou maus registros de muitos momentos vividos. Fatos inesquecíveis, com pessoas boas que amamos que neste momento ou ainda está com você, ao seu alcance, ou até mesmo que já se foram e que não voltam mais, infelizmente, apenas ficaram a memória e deixaram para sempre muitas a marcante saudade.

Com isto faz-nos lembrar neste momento da sagrada escritura, deixado registrado existente a anos e anos atrás por um autor bíblico, letras que relatam sobre o ciclo da vida, letras disponíveis no livro de Eclesiastes, onde aborda sobre a existência do famoso e imperdoável tempo, ou seja, que há instante para tudo na vida. Observe o transcrito: “Tempo de nascer e tempo de morrer, tempo de plantar. “Eclesiátes2 - Capítulo 3 e versículo 2. Mais descrição com a centralidade deste tempo está nos versículos seguintes localizado na bíblia. Quero aqui enfatizar e destacar nesta passagem o “Tempo para nascer” que o autor deixou escrito inspirado pelo autor maior da vida, nosso Deus.

O seu nascimento, com relação ao seu desejo foi inevitável, sim. Independeu da sua opção? Com certeza. Mas o meio, a sua trajetória, as escritas e reescrita da sua história, quem irá desenvolve nas linhas impressas pelo dia a dia da sua vida é você, essas atitudes sim, dependerá estritamente de suas decisões. Escolhas evitadas e iniciativas tomadas serão resultantes do agir do controle do seu Eu. Mesmo que aconteça algo inesperado no decorrer dos seus passos, ou mesmo fatores indesejáveis, mas o levantar e seguir em frente, o redirecionar, replanejar, respirar, criar forças serão tomadas de ações que estão em suas mãos.

Por isso não pare. Está dando certo? Siga rumo ao objetivo, de forma atente. Deu errado, observe onde foi à oportunidade de melhoria, corrija e vá avante, procure ajuda, orientações de pessoas sábias no conhecimento e boas experiências de vida e redesenhe a sua. Nunca pare de tentar. Isto fará muita diferença na sua vida, e até mesmo em pessoas que de forma explícita ou que você não conhece, se espelham em suas atitudes. Com isto, quero finalizar este capítulo te deixando dois registros para sua reflexão. Uma frase escrita no site ebiografia.com por Dilva Frasão (2016) decorrente de uma citação da figura marcante da cultura pernambucana por nome de Chico Cience3 (In Memorian): “Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar”, e outro um poema de Carlos Drummond de Andrade4.

                                                                                                       Edgar de Moura 30/10/2020


domingo, 17 de maio de 2020

Socialização

O ser humano é um ser criado com a necessidade natural de socialização, há vários estudos sinalizando para este indicador. Primeiro, veremos o que, no sentido da palavra, significa socializar. Segundo o dicionário, socializar é “transitivo direto e pronominal tornar-se social, reunir-se em sociedade; sociabilizar-se, assocializar-se. “ Com isto, entende-se que o indivíduo, independente da sua classe social ou meio, sempre haverá em algum momento, necessidade de socializar, é o que afirma o escritor Amyn Daher Jr, no site dm.jor.br:

“Somos sociais, queremos viver em grupos, ter amigos para conversar, dialogar sem interesses, apenas opiniões ou mesmo conversas evasivas, isto faz parte do íntimo de cada um, precisamos ter grupos de pessoas de diferentes pensamentos, mas que são harmoniosas, simplesmente por serem seres humanos, que necessita de ombro, de um sorriso, de uma festa regada de pratos diversificados da cabeça de cada um, tardes maravilhosas de alegria, de conversas amenas que eleva o ser e que entra a noite adentro e a alegria permaneça cada vez mais prazerosa. “

Pois bem, com estes dois conceitos, pode-se observar, que inevitavelmente, em algum momento, este ser humano, irá socializar-se de alguma maneira, independente do seu perfil comportamental. Poderá ser uma necessidade consciente de interagir com outras pessoas ou grupos. Isto certamente o fará bem de alguma forma.
Quando este fato não ocorrer, falo da necessidade de interação, seja presencial ou online, torna-se preocupante, é o momento de analisar os fatores externos e até interno comportamental, perceber os indícios e os fatores preponderante e impactantes de uma vida comum de trocas de um indivíduo, como por exemplo a retração, o sentir-se bem em se confinar ou reservar-se com a finalidade de isolamento de um convívio e ainda, a falta de interesse e o acréscimo a desvalorização ao relacionamento com as pessoas. Ratifico a afirmação, cada caso é preciso ser analisado e percebido com olhares analítico, pois existem pessoas que são reservadas e não carrega a característica evolutiva de um cenário de depressão.
Segundo descreve Tatiana Pimenta, no blog vittude, este comportamento permeia por etapas e tipificações:

“Geralmente, este comportamento se manifesta em dois cenários. O primeiro é no silêncio. Gradualmente, a pessoa vai deixando de frequentar os locais que antes considerava agradáveis e perde o contato com amigos e colegas. Ela apenas se dá conta de sua atitude quando alguém a aponta.
O segundo é voluntário. A pessoa sente a necessidade de se afastar por inúmeros motivos. Por vontade própria, ela começa a se isolar de amigos e familiares.
Eventualmente, ela se acostuma com a solidão e consegue navegar neste novo modo de vida solitário. Mas ele não é o ideal. ”

            Desta forma, pode-se verificar que o ser humano em sua característica natural, é sociável e não prática deste comportamento poderá ser algo decorrente de um comportamento que inicialmente ocorre por opção individual, porém há a sua evolução de para o rumo de solidão, confinamento e até cenário de isolamento depressivo. Então, pratique, interaja, socialize-se, seja de forma presencial, online ou com outros meios. Isto fará bem para você, para os que lhe rodeiam e para a própria sociedade. Edgar de Moura – 14/05/2020.

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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020




ANDRAGOGIA E HEUTAGOGIA

O termo Andragogia provém do grego andros = adulto + agogus = guiar, conduzir, educar. Foi fundado em 1833, pelo professor alemão Alexander Kapp para descrever o método de ensino utilizado por Platão com pequenos grupos de adultos: Os grandes mestres dos tempos antigos - Confúcio e Lao Tsé na China; os profetas hebreus e Jesus nos tempos bíblicos; Aristóteles, Sócrates e Platão na Grécia antiga; e Cícero, Evelídio e Quintiliano na Roma antiga foram professores de adultos, não de crianças. As experiências deles aconteceram com adultos e, portanto, eles desenvolveram um conceito muito distinto do processo ensino/aprendizagem do que aquele que acabaria por dominar a educação formal. Esses professores notáveis acreditavam que a aprendizagem era um processo de investigação mental, e não a recepção passiva de conteúdos transmitidos. Por esse critério, eles desenvolveram técnicas para envolver os discentes com a investigação.
O vocábulo "andragogia" permaneceu esquecido por quase um século, até ser utilizado, primeiro por Rosenstock em 1921, em um artigo no qual defendia que a educação dirigida a adultos exigia bases filosóficas e metodológicas distintas, e então, em 1926, por Eduard C. Linderman, em uma pesquisa intitulada The meaning of adult education [O significado da educação de adultos].
No entanto, as ideias sobre uma educação especificamente voltada aos adultos só alcançaram ampla disseminação na década de 1970. Para Knowles (1998), o aprendiz adulto se caracteriza fundamentalmente pelo auto direcionamento decorrente de uma maturidade orgânica e psicológica. Ou seja, para ser adulto, o indivíduo atingiu um estágio de maturação física (prontidão), que lhe confere a capacidade de reprodução, bem como um estágio de maturação psicológica, que lhe possibilita assumir responsabilidades pela própria vida, no âmbito social, profissional e familiar.
Krajn (1993) recomenda um período andragógico estruturado em cinco fases:

1. Identificação das necessidades educativas: O andragogo tem que identificar as verdadeiras necessidades educativas dos adultos. Estabelecem-se metas e objetivos com a finalidade de satisfazer às necessidades individuais e sociais do sujeito;
2. Planificação do programa: A eficácia da educação de adultos depende, quando a iniciação da formação, se tenha em conta a experiência prévia e o nível educativo dos alunos. O programa deve estar aberto a mudanças que poderão surgir quando se revelam novas necessidades educativas;
3. Planificação dos métodos: Devem estar adequados aos hábitos e às técnicas dos adultos;
4. Aplicação do programa: Essencialmente o trabalho em grupo, porém o estudo independente também permite aos indivíduos uma maior responsabilidade pela sua própria aprendizagem;
5. Avaliação dos resultados e rediagnóstico da aprendizagem: Tendo em conta que a educação de adultos se afirma como uma espiral de ciclos andragógicos, orientados para um objetivo educativo definitivo que, na realidade, nunca se consegue alcançar, uma vez que se centra no pleno desenvolvimento do ser humano, torna-se difícil a sua avaliação. Os métodos atuais de avaliação são insuficientes para avaliar mudanças quer na personalidade, nas atitudes e até mesmo nos valores produzidos pela educação dos indivíduos (KRAJN, 1993 apud OSORIO, 2003).
Além disso, o adulto segue acumulando cada vez mais experiências, que compõem um importante banco de recursos para o desenvolvimento da sua aprendizagem. Por essas razões, a educação de adultos demanda uma filosofia, conceitos e métodos específicos que valorizam a autonomia do aprendiz. Essa autonomia está cada vez mais estabelecida, especialmente, com a inclusão de novas tecnologias no ensino de adultos, através da Heutagogia que significa no grego “auto guiar” no ensino superior é o conceito de aprendizagem que mais cresce atualmente e que gera uma responsabilidade educacional em que o discente é o maior e pode-se dizer em muitos casos o único gestor do seu processo educacional. A grande quantidade de cursos na modalidade de Ensino A Distância (EAD) proporciona ao discente um modelo de ensino não presencial, com carga horária flexível, e conteúdo disponível por meio de plataformas criadas com ajuda da tecnologia da informação, que permite ao discente planejar como, onde e qual melhor horário para estudar.
Com as constantes e novas exigências do mercado profissional, bem como da necessidade de uma formação continuada e permanente, o Ensino à Distância (EaD) vem tornando-se uma opção oportuna ganhando seu devido espaço no campo educacional. Essa conquista foi possível por conta da vasta propagação da Internet e dos avanços tecnológicos dos últimos anos. Tais inovações tornaram possíveis às pessoas já inseridas no mercado de trabalho, retornarem aos seus estudos, ampliando seu leque de conhecimentos e possibilidades de crescimento pessoal e profissional. A EaD encontra-se em franco crescimento, sendo alvo de intensa discussão.  “Na formação dos professores, é fundamental a reflexão crítica sobre a prática de hoje e de ontem, para que se possa melhorar a prática do amanhã” (FREIRE, 2010, p. 39).
A partir das ideias do EaD e do mundo do trabalho, já se passou a ver a Andragogia de outra forma, sugerindo que este método de aprendizagem deveria ser conhecido como Heutagogia. Blaschke (2012) afirma que, a Heutagogia é de grande interesse para o EaD, pois compartilha alguns atributos chaves, como a autonomia e o auto direcionamento do discente, além de ter raízes pedagógicas no ensino e aprendizagem de adultos. A característica do EaD é a aprendizagem autodeterminada. Assim, tanto o EaD quanto a Heutagogia têm o mesmo público em comum, os discentes adultos maduros. Para Blaschke (2012, p. 59), a Heutagogia tem potencial de se tornar uma teoria do EaD, porque amplia a abordagem andragógica, ao abandonar o caminho da aprendizagem, tornando-se um processo para o discente, que negocia a aprendizagem e determina o que e como vai ser aprendido.
A Heutagogia é o progresso dos métodos educacionais anteriores, conhecida como a aprendizagem autodeterminada, na qual o discente aprende em seu tempo e não no do professor. O quadro 2 revela diferenças entre a Andragogia e Heutagogia, revelando que elas ultrapassam as aulas expositivas, centradas no docente, promovendo interação entre o discente e o professor. Existe um processo de amadurecimento, dentro do qual o individuo passa da dependência para a auto direção e depois para autodeterminação.
 Blaschke (2012, p. 61) aponta características especificas do EaD que são alinhadas com a Heutagogia como:

Tecnologia: reconhece a necessidade premente e conveniente da associação de recursos tecnológicos no processo de EAD, alinhando as para que façam parte da prática do sistema de aprendizagem não presencial. A Heutagogia seria um conceito capaz de absorver as tecnologias emergentes principalmente em ambientes virtuais, embora aponte ainda a necessária continuidade nas discussões a respeito para firmá-la como um princípio do EAD;
Perfil do discente: Na prática, o EAD está voltado à aprendizagem, tendo como público alvo o adulto, sendo idealizado de forma gradativa focando angariar adeptos cujo perfil se enquadre em um nível educacional e cultural mais elevado. O EAD tem sido moldada pela teoria de Knowles, que reconhece a Andragogia como um conjunto de métodos para ensinar adultos. A Heutagogia pode ser considerada, neste contexto, como aplicável também aos adultos, em ambientes de aprendizagens não presenciais;
Autonomia do Discente: A prática Heutagogica requer certo grau de autonomia no processo de aprendizagem por parte do discente, premissa que se encontra arraigada no próprio sentido da Heutagogia.
Com base nestes modelos podem-se considerar os seguintes métodos utilizados no EAD: Chat, Correio Eletrônico, Fórum, Jogos Educativos ou de Simulações de Negócios, Sites para Consultas, Material impresso, Áudio ou Vídeo Aulas, Teleconferência/Webcast, Conteúdo de Autoaprendizagem, Prova de Avaliação Presencial, Trabalho Individuais ou Grupo e Monografia (MAIA; MEIRELLES, 2007). Outras estratégias de ensino usadas em aulas presenciais podem ser adaptadas para o EAD, tais como Método do Caso ou Mini Caso, Ensino com Pesquisa, Mapa Conceitual e Resumo.
Entende-se com esta análise comparativa que a mudança ela necessita acontecer, tanto no ensino como nas ferramentas da tecnologia, e muito mais a adaptação do professor com um aprendizado contínuo afim de adaptar-se a expectativa do adulto com as constantes mudanças do mercado docente e profissional. Abraço. Edgar de Moura. (Obs.: Texto  extraído da minha monografia de especialização em Gestão Estratégica de Negócio realizado em 2017/2018 na FAFIRE/Recife com o título Ensino A Distância, Treinamento e Aperfeiçoamento de Pessoal: A Andragogia e a Heutagogia no ambiente corporativo).