NECESSIDADE DO APRENDIZADO CONTÍNUO
Analisando
a possibilidade do aprendizado do cérebro humano, percebe-se que nunca chegamos
no limite deste armazenamento, desta grande caixa de arquivos chamado de massa
cefálica. Basta pesquisarmos e encontraremos vários arquivos e estudos que
comprovam historicamente que o ser humano, mesmo na sua mais alta classe de
domínio do conhecimento, ainda não atingiu um percentual máximo de
armazenamento de um cérebro. Segundo Platão, este comparava a memória humana a
uma lâmpada riscada, que mantinha a impressão, até por consequência, ser
apagada pelo desgaste do tempo. Já para outros filósofos, o coração e não o
cérebro, controlava a emoção. Mas, é entendível e comprovado, que este grande
músculo quando exercitado, é um centro de arquivo infinito.
Para o
neurofisiologista da Unifesp, Luiz Eugênio Mello, ele afirma que: “O cérebro
guarda apenas fragmentos do que aconteceu e, na hora de montar o quebra-cabeça
das lembranças, contam as emoções e a maneira como a pessoa percebeu o fato
ocorrido. Quem tem memória é o computador. O que nós temos é uma vaga
lembrança”. Entende-se com esta afirmação de que somos fragmentos de fatos, que
há dois tipos de lembranças, a de curta e a de longa duração ou prazo. Quem
nunca buscou algo que fez ou vivenciou a muito tempo, seja acontecido há muito
tempo ou até mesmo, que acabou de acontecer? O fato é que de alguma forma
acontecerá o armazenamento.
Estudo
realizado por cientistas da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos,
as memórias são organizadas no hipocampo, que armazena com diversos padrões os
acontecimentos. Já que existe esta possibilidade, é de suma importância o
hábito da leitura, estudos, busca de novos conhecimentos e a troca de
experiências ao longo da vida. É necessário constantemente o exercício deste
músculo humano, buscando o aprendizado contínuo, pois a consequência será crescimento
e armazenamento constante de memória.
Para Freire,
(1996, p.43) afirma que “ é pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem
é que pode melhorar a próxima prática”. Desta forma, o nível cognitivo
juntamente com a experiência faz grande diferença quando se há um entendimento
reflexivo e ao mesmo tempo a compreensão de que o aprendizado deverá ser uma
busca constante, principalmente para o uma competitividade no mercado
corporativo de hoje, onde o inovar, criar, garantir a existência e permanência
profissional no ambiente das organizações a cada dia se faz tão necessária.
Mesmo com o
tão grande crescimento da inteligência artificial e da indústria do 4.0,
entende-se que parte do pressuposto de que estes foram desenvolvidos de uma
fonte de inteligência humana. E mesmo com esta chegada com várias ramificações,
a adaptação é um fator presente que exige que o indivíduo tenha a flexibilidade
e abertura a novos aprendizados contínuos e diários. Caso contrário, será mais
um nas estatísticas de profissões extintas e um integrante dos indicadores fora
da curva de ocupação profissional no mercado. Pense nisto, o conhecimento nunca
é demais e apesar de tudo que você conhece até os dias de hoje, o percentual
atingindo de armazenamento cerebral pelo ser humano até hoje foi de 10%. Ainda
há 90% disponível a ser explorado. Abraço. Até a próxima edição. Edgar de
Moura. 20/11/2019.
Fonte de referências:
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quanta-informacao-o-cerebro-pode-armazenar. Acessado em 20/11/2019 às 08h03.
https://www.uol.com.br/tilt/ultimas-noticias/redacao/2015/08/19/cientistas-descobrem-local-onde-cerebro-guarda-memorias-do-dia-a-dia.htm. Acessado em 20/11/2019 às 08h20.